segunda-feira, 18 de abril de 2011

Como vem sendo a Educação a Distância?

Pierre Levy, filósofo francês da informação e cultura digital, no programa 'As formas de saber' (2000) afirma que cada vez mais vai haver uma mestiçagem e imbricação entre a EaD e o ensino convencional.



Pierre Levy fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. Trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. É membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Canadense de Ciências e Humanidades).

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE

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13 comentários:

  1. Olá Werner, como você foi simpático atendi seu pedido e estou por aqui.
    Bom, irei comentar um por vez.
    No que diz respeito a Pierre Levy, realmente para se participar da EAD faz necessário um estudo mais aprofundado tanto por parte dos docentes quanto dos alunos, pois há uma convergência de mídias. Isso requer de seus participantes maior dinamismo e interatividade, pois corre o risco de se perder na multidão.

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  2. Drika,
    Grato por acessar e comentar!

    Cada vez mais estamos numa dinâmica mestiça (Le tier-instruit). Uma quinta dimensão se propaga,a transvergência: a superação-renovação-continuidade que acentua a maleabilidade e a portabilidade que requer o primeiro elemento, o aluno e o mundo de fora das plataformas (AVA). Para o segundo elemento, o professor, entre a diretividade e a facilitação, há uma fluídez que não pode se dissolver numa omissão pedagógica, mas antes no uso da tecnologia, como toda boa 'téchne', para a extensão e multimediação do seu irrecusável papel maiêutico. Como traçar essas coordenadas, concordando com Vc, é todo um mar tenebroso a ser surfado. Para não ser arrebentado por essa onda e se perder no dilúvio informacional, o terceiro elemento, o conhecer, surge mais em desenvolver navegantes do que mapas.

    Convergindo, divergindo, transvergindo.

    Abraços, Werner.

    Abaixo URL de imagem da vergência:

    (http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQCAhAJvACZC40r7whEt7fEvkn8q5220X57k6jRy3sc898-0l5E0g)

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  3. Olá Werner!

    Legal, gostei dos videos e postagens..

    Abaraços,

    Marcos Barbosa

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  4. O advento das novas tecnologias da informação e da comunicação proporciona o repensar do processo ensino-aprendizagem. O ensino circunscrito à sala de aula, pressupondo o domínio pelo professor de uma determinada disciplina ou área do conhecimento, avança na direção de um processo aberto de aprendizagem em que todos os atores têm oportunidades quase infinitas de acessar bases de informações e experiências que fluem de todas as partes do mundo pela rede informatizada de comunicações.
    O fato novo é que o acesso a essas bases de dados e informações está aberto a todas as pessoas. Estamos passando pela revolução das tecnologias e dos sistemas de comunicação que enriquecem a capacidade dos cidadãos de gerar conhecimento em nível local. A sua utilização possibilita uma reflexão crítica e elaborada da realidade, gerando inovações que melhoram o mundo onde vivem. As pessoas aprendem a transformar o seu cotidiano a partir das vivências universais. Por exemplo, em Rancho Queimado, um professor preparou uma aula de Geografia no ensino fundamental, comparando a agricultura da região com imagens e conteúdos relacionados ao desenvolvimento das técnicas agrícolas no período greco-romano. Com a comunicação em rede, valorizou de forma criativa e interessante a sua disciplina.
    As pessoas não mais aprendem apenas com a informação limitada à sabedoria de alguns poucos professores ou das tradições familiares ou do convívio comunitário. Não há como esconder dentro do espaço da sala de aula as limitações do conteúdo de um professor por mais bem formado e preparado que seja. A sala de aula escolástica foi construída para proteger a relativa ignorância do mestre medieval. Hoje o mestre convive com alunos que acessam pela televisão, pelo computador, pelo telefone, por livros, bases de informação abertas, o que torna impossível dominar todas elas. Os alunos trazem também as vivências do cotidiano. É impraticável uma só pessoa acessar o conjunto de saberes transmitidos pela tradição e pelos meios de comunicação da atualidade.
    A mudança desses meios de comunicação leva necessariamente à mudança do processo de ensino-aprendizagem. Não há como ser um bom professor, ditando aos alunos trechos de uma apostila amarelada ou de um livro-texto que não acompanha a dinâmica de renovação das informações que fluem através das redes em permanente atualização. Essa mudança atinge todos os níveis e modalidades de educação. Desde crianças, as pessoas têm acesso a interações de alto conteúdo comunicativo. Os jovens e as crianças de hoje são sujeitos de aprendizagem ativos e rebeldes a uma prática pedagógica unidirecionada ao aluno. Cabe então ao professor de sucesso exercer o importante papel de líder e facilitador do processo interativo de ensino-aprendizagem.
    A realidade contemporânea rompe o currículo departamentalizado de domínio exclusivo de alguns professores e a privatização do saber. Na escola tradicional os professores se sentem donos de uma área do conhecimento. Daí prevalecer a relação magister dixit: o que o professor fala é a única verdade! Pela cópia do quadro negro ou pelo ditado do professor se cultiva a ilusão de assimilar o seu conhecimento. No processo aberto de ensino-aprendizagem, prevalece o interacionismo entre professor-aluno e outros agentes da educação, como os pais, a direção da escola e as pessoas que vivem na comunidade ou no mundo do trabalho. O que se deve buscar é criar as condições que favoreçam o aprendizado das pessoas. Todos são percebidos como sujeitos de aprendizagem porque todos se comunicam num processo de geração de conhecimento, subjetivo e coletivo ao mesmo tempo. São as pessoas que aprendem e aprendem individualmente. Mas o esforço interativo de aprendizagem confere caráter social à educação. O conhecimento se dá em benefício de todos.

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  5. Obrigado, Marcos.
    Luciane coloca as peculiaridades da mediação em EaD, que a distingue e a aproxima da inovação que trata P. Levy: a INTER-AÇÃO. Não há mais um polo exclusivo, um foco preponderante, e neste sentido, a EaD é triangular: aluno, conhecimento e professor.

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  6. Gostei dos vídeos e dos comentários, a EAD é uma necessidade em um país continental como o nosso e requer entre vários fatores a auto disciplina do aprendiz.Vejo como um passo à frente para melhorarmos a qualificação das pessoas de uma forma em que cada um escolhe seu momento de aprender dentro de um pré requisito de cada curso.

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  7. Olá Werner, obrigada pelo convite para conhecer o seu Blog, gostei muito do videos e dos comentários já postados aqui.

    Trabalho na Capes na Diretoria de Educação à Distância e estou a disposição caso precise de alguma ajuda na prática.

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  8. Darlana, vou remeter seu comentário aos colegas e interessados na EaD. Obrigado!

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  9. Mona;
    Seu trabalho com superdotação ou inteligências (lateral) alternativas é super bem vindo na EaD. Ela merece qualquer e toda contribuição que as pedagogias diferenciais, diversificantes/diversificadoras lhes puder reconverter. Tudo que não massifica, na EaD acrescenta! Grande Abraço do seu fã. Werner

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  10. olá werner.
    moro em alexaniaa.obrigado pelo convite .amei seu viedeo.muito interessante vai enfrente.bjo jozy

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  11. Também estou aqui. Saudades de tu poderosa. Bjuuss

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  12. Bom dia Werner!

    Não podemos simplesmente seguir as exigências do mundo do trabalho, as demandas do mercado por novas habilidades e competências a serem apreendidas para o exercício profissional. Opinião largamente difundida atribui à tecnologia educacional a possibilidade de atalhos, para que países em desenvolvimento atinjam mais rapidamente o caminho da modernidade. Outro conceito muito comum é de que a tecnologia aplicada ao processo de ensino-aprendizagem diminuirá as diferenças sociais. Parte-se do pressuposto de que a tecnologia educacional reduzirá as disparidades entre regiões desenvolvidas e as em desenvolvimento. Redes de computadores, por exemplo, permitirão que regiões atrasadas tenham acesso a todo o vasto mundo, e que metodologias de ensino ultramodernas estariam ao alcance de todos. Os trabalhos de equipe, a construção independente do conhecimento, a educação permanente, a Internet, o conjunto, enfim, os requisitos de um mundo que se transforma muito rapidamente, estariam disponíveis aos estudantes pela introdução de equipamentos educacionais modernos, tais como televisores, gravadores, computadores etc.
    Algumas dessas afirmações evidentemente são verdadeiras. No entanto, grande parte dos planejadores educacionais detém-se muito mais na aquisição de equipamentos do que nas mudanças de mentalidade necessárias, que são pré-requisitos para o êxito na utilização da tecnologia moderna em educação.

    Profa Rosângela Corrêa

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  13. Giz e conversa, são ainda as ferramentas dominantes no processo educacional, mas efetivamente o fundamental na educação não são as ferramentas e sim o processo de construção do auto-conhecimento. Daí porque Teilhard de Chardin (1989) nos assevera que o desenvolvimento humano depende de nossa capacidade de reflexão, do aprimoramento de nossas habilidades de pensar e saber, o que significa saber que se sabe.
    Portanto, o moodle é uma ferramenta a mais para podermos alcançar um maior número de pessoas, especialmente aquelas que teriam menos condições de acessar a educação superior devido as distâncias estruturais e físicas que nos separa destas pessoas. Um dos pontos importantes do moodle é a possibilidade de ampliar o acesso de mais pessoas à educação. Mas o que verifiquei na participação dentro dos fóruns promovidos nas disciplinas que ministro na UAB-UnB, o Ensino à Distância, em sistemas interativos, exige, disciplina, participação efetiva nos fóruns, chats, muita leitura e acima de tudo muita reflexão sobre a bibliografia utilizada. A participação nos fóruns deve ser em forma de debate. O estudante deve usar o senso crítico, concordar ou discordar do que fora postado por outro participante, mas sempre justificando o seu ponto de vista a partir das leituras realizadas anteriormente ao debate. Apesar de todas as explicações dadas, constata-se uma enorme dificuldade de interação dos alunos nos fóruns de discussão, ferramenta selecionada para convergir essa interação, no sentido de compartilhar experiências, construir aprendizagem colaborativa e coletivamente. Em princípio, o moodle é uma plataforma de aprendizagem que tem se mostrado muito adequada para pessoas que pretendem trabalhar na perspectiva da construção coletiva do conhecimento mas utilizar o Moodle não é uma tarefa fácil. Aliás, essa também é uma preocupação de Dougiamas que afirma ser fundamental para “que esta plataforma seja fácil de usar — de fato, deveria ser tão intuitiva quanto possível”. Eu sinto que existe uma grande dificuldade por parte dos nossos estudantes em lidar com essa ferramenta porque o sistema pode deparar-se com um adulto com atitudes disfuncionais de seu passado escolar: passividade, dependência pessoal referente ao docente, bloqueio por medos adquiridos no ensino autoritário e medo ao desconhecido. Entendo que deve-se considerar que o EAD é para muitos alunos a superação de limites mas há estudantes que ainda têm dificuldades para lidar com as ferramentas do moodle, bem como com este novo modelo de ensino / aprendizagem mas principalmente a lidar com a necessidade de realmente estudar. Por isso concordo com Lisboa (2002, p.4) quando afirma que, “num curso virtual deve-se priorizar primeiro o pedagógico e depois o tecnológico”.

    Um abraço,
    Profa Rosângela Corrêa

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